“Fuzilamos e continuaremos a fuzilar, enquanto for necessário. A nossa luta é uma luta até à morte.” – Discurso na Assembleia-Geral da ONU, em 11 de Dezembro de 1964; “O ódio intransigente contra o inimigo (…) converte (o combatente) em uma máquina de matar efectiva, selectiva e fria . Os nossos soldados têm de ser assim.” – Revista cubana Tricontinental, em Maio de 1967. Era para ser um sonho, onde não existiriam classes sociais, não existiriam diferenças. Todos teriam os mesmos direitos à saúde, educação e habitação. Mas o Homem não sabe lidar com sonhos e se somos todos iguais, não deveriam existir líderes. Uma mania terrível do ser humano é criar mártires, supostamente oprimidos e injustiçados num culto romântico aos fracassados. Ernesto Guevara Lynch de la Serna morreu em 9 de Outubro de 1967 “pela causa”. Ele lutou por um sonho de igualdade, justiça e contra o imperialismo que esmagava as minorias. Morreu lutando pelo que acreditava e foi até as últimas consequências pelo que defendia. Um homem que lutou com a bravura de David contra Golias, disposto a sacrificar a vida a qualquer momento. Estranhamente ao ser capturado, Che disse: “Não atirem. Sou Che. Valo mais vivo que morto”. Aqui não vai ser discutida a inoperância e incompetência de Che como comandante, isso não vem ao caso. Mas alguns factos sobre Che e o “Comunismo” que defendia têm que ser conhecidos pelos frequentadores da Festa do Avante, pseudo-anarquistas, rastas e "dreads" caucasianos. Stalinista confesso, Che era admirador de Mao Tse Tung, que invadiu o Tibet nos anos 50 e aniquilou mais de 1 milhão de pessoas, incluindo monges, idosos, mulheres e crianças. Tinha imensa satisfação ao formar o “paredón”, onde fuzilou milhares de pessoas a sangue frio empunhando a sua própria pistola calibre 45, na ilha-prisão de Cuba (onde Che ajudou a criar campos de trabalho forçado/concentração). Os seus ex-companheiros lembram-se dele como um comandante imprudente, rápido em ordenar execuções e mais rápido ainda, em liderar os seus companheiros para a morte, em guerras sem futuro no Congo e na Bolívia. Lutou com unhas e dentes por um regime, que matou mais de 100 milhões de pessoas. Para para pensar antes de usar uma camisa deste genocida. Não é porque os teus amigos ignorantes, os camaradas da tua zona, ou até, o teu professor comunista e toxico-dependente da disciplina de História ou Português, que utilizam, para que não uses a tua própria cabeça e ires as tuas próprias conclusões. Caso contrário, as 3 frases citadas no início do texto serão sempre ofuscadas pela imagem feita pelo fotógrafo Alberto Korda em 1960 e uma frase que não é sua: “Há que endurecer-se, sem jamais perder-se a ternura”. Um verdadeiro mártir morre pela causa, e não mata pela causa! Muitos morreram ao lutar e pregar pela Igualdade e pela Paz, mas não vês t-shirts estampadas com as suas imagesn hoje em dia, pois não? Além disso, há que questionar quais as empresas, entidades e grupos que beneficiam das vendas milionárias dessas camisas com a fotografia de Che Guevara...Afinal o Comunismo sempre gosta de se mascarar de Capitalismo, ou serão os "outros" Capitalistas, que estão a manipular-vos para enriquecer, através de ícones comunistas? Qualquer que seja a rsposta, não acredito que não tenhas a sensatez de continuar a usar e comprar mais artigos de Che Guevara. E“Estou na selva cubana, vivo e sedento de sangue.” - Carta enviada à esposa, Hilda Gadea, em Janeiro de 1957;
Patriotas
A Verdade sobre o Comunismo
Comunas o quanto nos enganam!
As 3 frases mais (im)populares de Che Guevara
Politicamente correto
O politicamente correto (ou correção política) é uma política que consiste em tornar a linguagem neutra em termos de discriminação e evitar que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista.
Defensores do "politicamente correcto" têm como objectivo tornar a linguagem mais neutra e menos preconceituosa. Em diversas áreas é típica a utilização de termos masculinos para situações que se aplicam tanto a homens como mulheres. Um exemplo do politicamente correcto é a substituição do comum "Tribunal Europeu dos Direitos do Homem" pela frase neutra em termos de género de "Tribunal Europeu dos Direitos Humanos" (como acontece em inglês, por exemplo). O conceito filosófico do politicamente correcto é que ao evitar a utilização destes termos discriminatórios estaremos a trabalhar para uma sociedade mais inclusiva e igualitária.
O politicamente correcto tem sido uma questão estudada nos Estados Unidos desde a década de 1970, mas apenas começou a ser discutido na Europa na década de 1980. Muitas pessoas eventualmente igualmente opostas aos preconceitos incomodam-se pelo surgimento de um conjunto monolítico de atitudes consideradas como correctas que são muitas vezes impostas de um modo inflexível e sem humor.
O que é o politicamente correcto?
Muitos de nós fazemos uma ideia do que é o politicamente correcto (PC), pela repetição de informações transmitidas pela comunicação social.
O PC não teve origem recente; remonta a sua utilização como instrumento ideológico, ao tempo da I Guerra Mundial. Quando Karl Marx escreveu o “Manifesto Comunista” (séc. 19), ficou bem claro que [a] ideologia que nascia assentava em duas vertentes básicas: O Marxismo Económico, que defende a ideia de que a História é determinada pela propriedade dos meios de produção, e o Marxismo Cultural, que defende a ideia de que a História é determinada pelo Poder através do qual, grupos sociais (para além das classes sociais) definidos pela raça, sexo, etc., assumem o poder sobre outros grupos. Até à I Guerra Mundial, o Marxismo Cultural não mereceu muita atenção, que se concentrou praticamente toda no Marxismo Económico, que deu origem à revolução bolchevista (URSS).
O Marxismo Cultural é uma sub-ideologia do Marxismo (a “outra face da moeda” é o marxismo económico), e como todas as ideologias, tende inexoravelmente para a implantação de uma ditadura, isto é, para o totalitarismo.
Enquanto que o Marxismo Económico baseia a sua acção no acto de expropriação (retirada de direitos à propriedade), o Marxismo Cultural (ou PC) expropria direitos de cidadania, isto é, retira direitos básicos a uns cidadãos para, alegadamente, dar direitos acrescidos e extraordinários a outros cidadãos, baseados na cor da pele, sexo ou aquilo a que chamam de “orientação sexual”. Nesta linha está a concessão de quotas de admissão, seja para o parlamento, seja no acesso a universidades ou outro tipo de instituições, independentemente de critérios de competência e de capacidade.
Enquanto que o método de análise utilizado pelo Marxismo Económico é baseado no Das Kapital de Marx (economia colectivista marxista), o Marxismo Cultural utiliza o desconstrucionismo filosófico e epistemológico explanado por ideólogos marxistas como Jacques Derrida, que seguiu Martin Heidegger, que bebeu muita coisa em Friederich Nietzsche.
O Desconstrucionismo, em termos que toda a gente entenda, é um método através do qual se retira o significado de um texto para se colocar a seguir o sentido que se pretende para esse texto. Este método é aplicado não só em textos, mas também na retórica política e ideológica em geral. A desconstrução de um texto (ou de uma realidade histórica) permite que se elimine o seu significado, substituindo-o por aquilo que se pretende. Por exemplo, a análise desconstrucionista da Bíblia pode levar um marxista cultural a inferir que se trata de um livro dedicado à superioridade de uma raça e de um sexo sobre o outro sexo; ou a análise desconstrucionista das obras de Shakespeare, por parte de um marxista cultural, pode concluir que se tratam de obras misóginas que defendem a supressão da mulher; ou a análise politicamente correcta dos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, levaria à conclusão de que se trata de uma obra colonialista, supremacista, machista e imperialista. Para o marxista cultural, a análise histórica resume-se tão só à análise da relação de poder entre grupos sociais.
O Desconstrucionismo é a chave do politicamente correcto (ou marxismo cultural), porque é através dele que surge o relativismo moral como teoria filosófica, que defende a supressão da hierarquia de valores, constituindo-se assim, a antítese da Ética civilizacional europeia.
Com a revolução marxista russa, as expectativas dos marxistas europeus atingiram um ponto alto. Esperava-se o mesmo tipo de revolução nos restantes países da Europa. À medida que o tempo passava, os teóricos marxistas verificaram que a expansão marxista não estava a ocorrer. Foi então que dois ideólogos marxistas se dedicaram ao estudo do fenómeno da falha da expansão do comunismo marxista: António Gramsci (Itália) e George Lukacs (Hungria).
Gramsci concluiu que os trabalhadores europeus nunca seriam servidos nos seus interesses de classe se não se libertassem da cultura europeia – e particularmente da religião cristã. Para Gramsci, a razão do falhanço da expansão comunista marxista estava na cultura e na religião. O mesmo conclui Lukacs.
Em 1923, por iniciativa de um filho de um homem de negócios riquíssimo de nacionalidade alemã (Félix Veil), que disponibilizou rios de dinheiro para o efeito, criou-se um grupo permanente (“think tank”) de estudos marxistas na Universidade de Frankfurt. Foi aqui que se oficializou o nascimento do Politicamente Correcto (Marxismo Cultural), conhecido como “Instituto de Pesquisas Sociais” ou simplesmente, Escola de Frankfurt – um núcleo de marxistas renegados e desalinhados com o marxismo-leninismo.
Em 1930, passou a dirigir a Escola de Frankfurt um tal Max Horkheimer, outro marxista ideologicamente desalinhado com Moscovo e com o partido comunista alemão. Horkheimer teve a ideia de se aproveitar das ideias de Freud, introduzindo-as na agenda ideológica da Escola de Frankfurt; Horkheimer coloca assim a tradicional estrutura socio-económica marxista em segundo plano, e elege a estrutura cultural como instrumento privilegiado de luta política. E foi aqui que se consolidou o Politicamente Correcto, tal como o conhecemos hoje, com pequenas variações de adaptação aos tempos que se seguiram. Surgiu aTeoria Crítica.
O que é a Teoria Crítica? As associações financiadas pelo nosso Estado e com o nosso dinheiro, em apoio ao activismo gay, em apoio a organizações feministas camufladas de “protecção à mulher”, e por aí fora – tudo isso faz parte da Teoria Crítica do marxismo cultural, surgida da Escola de Frankfurt do tempo de Max Horkheimer. A Teoria Crítica faz o sincretismo entre Marx e Freud, tenta a síntese entre os dois (“a repressão de uma sociedade capitalista cria uma condição freudiana generalizada de repressão individual”, e coisas do género).
No fundo, o que faz a Teoria Crítica? Critica. Só. Faz críticas. Critica a cultura europeia; critica a religião; critica o homem; critica tudo. Só não fazem auto-crítica (nem convém). Não se tratam de críticas construtivas; destroem tudo, criticam de forma a demolir tudo e todos.
Por essa altura, aderiram ao bando de Frankfurt dois senhores: Theodore Adorno e Herbert Marcuse. Este último emigrou para os Estados Unidos com o advento do nazismo.
Foi Marcuse que introduziu no Politicamente Correcto (ou marxismo cultural) um elemento importante: a sexualidade. Foi Marcuse que criou a frase “Make Love, Not War”. Marcuse defendeu o futuro da Humanidade como sendo uma sociedade da “perversidade polimórfica”, na linha das profecias de Nietzsche.
Marcuse defendeu também, já nos anos trinta do século passado, que a masculinidade e a feminilidade não eram diferenças sexuais essenciais, mas derivados de diferentes funções e papéis sociais; segundo Marcuse, não existem diferenças sexuais, senão como “diferenças construídas”.
Marcuse criou a noção de “tolerância repressiva” – tudo o que viesse da Direita tinha que ser intolerado e reprimido pela violência, e tudo o que viesse da Esquerda tinha que ser tolerado e apoiado pelo Estado. Marcuse é o pai do Politicamente Correcto moderno.
O sucesso de expansão do Marxismo Cultural na opinião pública, em detrimento do Marxismo Económico, deve-se três razões simples: a primeira é que as teorias económicas marxistas são complicadas de entender pelo cidadão comum, enquanto que o tipo de dedução primária do raciocínio PC, aliado à fantasia de um mundo ideal e sem defeitos, é digno de se fazer entender pelo mentecapto mais empedernido. A segunda razão é porque o Politicamente Correcto critica por criticar, pratica a crítica destrutiva até à exaustão – e sabemos que a adesão popular (da juventude, em particular) a este tipo de escrutínio crítico é enorme. A terceira razão é que o antropocentrismo do marxismo económico falhou, como sistema social e económico, em todo o mundo; resta ao Marxismo a guerrilha cultural.
O que se está a passar hoje na sociedade ocidental, não é muito diferente do que se passou na União Soviética e na China, num passado recente. Assistimos ao policiamento do pensamento, à censura das ideias, rumo a uma sociedade totalitária.
A Utilização do Politicamente Correcto
o termo politicamente correcto, ou o termo “intelectuais bem pensantes”, ou seja, os intelectuais que pensam “politicamente correcto”. Embora o termo tenha sido importado, directa ou indirectamente, dos EUA, ele ganhou autonomia própria e “nacionalizou-se”. Portanto não me vou interessar pela sua génese e avatares além fronteiras.
O politicamente correcto é comportar-se e pensar de acordo com os cânones impostos pela ideologia dominante. Mas essa ideologia não é necessária e exclusivamente política. Misturam-se nela diversos conceitos – puritanismo, censura, dogmatismo, ditadura das minorias, obrigação de fazer de qualquer particularismo uma lei geral para a comunidade, eliminação do fantasma de se tornar minoritário pela subvalorização da normalidade e das decisões ou da vontade da maioria, etc.
Do ponto de vista da ditadura sobre o pensamento, o politicamente correcto é o equivalente actual da moral burguesa, só que de sinal contrário quanto aos conceitos que erige em absolutos, o que é normal, visto a ideologia dominante se ter ela própria modificado. Portanto, todos os disparates que a ditadura da moral burguesa fez viver os nossos avós, equivalem àqueles que o politicamente correcto nos tenta impingir actualmente. Com uma diferença – a moral burguesa preocupava-se mais com o comportamento que com a política ou o pensamento, enquanto o politicamente correcto é totalitário porque invade tudo, incluindo aquilo que tínhamos de mais íntimo: o pensamento.
Formalmente o politicamente correcto é o depósito de todas as virtudes: prega a igualdade entre todos, o respeito pelo outro sob qualquer forma, o anti-racismo, a tolerância para com todas as outras crenças políticas e religiosas. O politicamente correcto abre apenas uma excepção a esta tolerância universal: O politicamente incorrecto é absolutamente interdito. Sendo assim, o politicamente correcto consiste na observação da sociedade e da historia em termos maniqueístas: O politicamente correcto representa o bem e o politicamente incorrecto representa o mal.
O politicamente correcto tem portanto a característica de uma religião total, pois para além da moral e do comportamento, abrange a política, a sociologia, as ciências da comunicação, etc., etc.. Não existe no plano económico, porque os protagonistas do politicamente correcto apenas se movem nas áreas das ciências humanas onde os critérios de validade são assegurados por quem tem mais verve ... ou quem tem uma corte mais numerosa. Em economia apenas utilizam frases simples: subsidiar os menos favorecidos, aumentar o emprego, atingir a igualdade social, etc.. Como não sabem fazer contas é-lhes despiciendo o saber como isso se faz, quanto custa e quem vai pagar. O politicamente correcto não abrange portanto as ciências baseadas em números, pois os números têm uma característica incómoda – não dependem da raça, do credo ou das preferências sexuais. São uns chatos!
Assim, para o politicamente correcto só há uma verdade: a sua. O politicamente correcto defende a tolerância ... mas apenas para o que é a sua verdade.
Neste universo perfeito é exaltante ser-se politicamente correcto, pois tem-se sempre a resposta certa para tudo. Só que têm que se fazer as penitências necessárias. Por exemplo um branco, para se tornar politicamente correcto, tem que assumir a sua culpa original por ter participado, mesmo in absentia, na escravatura, nos genocídios, no extermínio das espécies e nos maus tratos aos animais, etc.. As mulheres brancas têm um nível inferior de culpa, pois embora tenham nos seus currículos aqueles pecados originais, têm a atenuante de haverem sido vítimas de três mil anos de civilização judaico-cristã. Apenas uma espécie não tem qualquer culpa: a mulher negra, de uma crença não cristã, imigrante, sem-abrigo e lésbica.
Mas mesmo uma mulher, para se manter politicamente correcta tem que ter imenso cuidado: saber se o que usa para a maquilhagem não teria sido testado em animais, nunca usar peles ou tecidos oriundos de animais, reciclar todos os sobejos das refeições até à exaustão, ou até ao divórcio por alegada tentativa de envenenamento alimentar, etc.
Todavia, para o politicamente correcto, a mulher está num nível menos elevado que a etnia. O politicamente correcto zela pela igualdade dos sexos, mas é extremamente tolerante e compreensivo para os grupos étnicos ou religiosos que degradam a vida das mulheres e fazem delas suas vítimas.
Vejamos alguns exemplos:
Não é politicamente correcto referir a origem étnica dos delinquentes. Sempre que algum órgão de comunicação não conseguia evitar essa referência (na TV há dificuldade em impedir que o telespectador veja a etnia do delinquente) aparecia uma organização, SOS Racismo, a chamar a atenção para aquele conteúdo racista. De há alguns anos a esta parte, o SOS Racismo tem aparecido muito menos, porque verificou que o resultado junto da opinião pública era exactamente o oposto. As pessoas sentiam-se injustiçadas por julgarem que haveria uma protecção especial para delinquentes de outras etnias. Eis um exemplo em como o politicamente correcto anti-xenofobia fez, para surpresa dos p.c., aumentar a xenofobia.
Não é politicamente correcto gostar de touradas ou de tudo o que envolva qualquer sofrimento público dos animais. Os animais devem ser abatidos discretamente e aparecerem nos nossos pratos disfarçados de bifes. Como o politicamente correcto é um animal urbano, ele tem dificuldade em se aperceber que existe qualquer relação entre um bife, um entrecosto grelhado e qualquer espécie animal, por isso fica tranquilo enquanto se delicia com uma galinha de cabidela. Depois das grandiosas manifestações de massas que os arautos do politicamente correcto organizaram em Barrancos, em que cerca de cem pessoas, agitando centenas de cartazes repletos de frases politicamente correctas, condenaram firmemente as touradas, nunca estas estiveram tão em voga. O entusiasmo por esse espectáculo bárbaro aumentou em flecha. Esta é, aliás, a faceta mais brilhante do politicamente correcto – Obter junto da opinião pública o efeito exactamente oposto do que pretende.
Não é politicamente correcto pretender para as outras culturas o que se exige para a nossa. Os quadrantes políticos que mais pugnam pela descriminalização do aborto, foram aqueles que conseguiram adiar, na AR, o estabelecimento de legislação que condenasse a excisão do clítoris, a pretexto de se tratarem de culturas tradicionais e que era necessário, previamente, um estudo mais aprofundado.
Há dias foi assassinado, numa rua de Amesterdão, em pleno dia, Theo van Gogh, que havia realizado um filme sobre o humilhante papel da mulher na sociedade islâmica. Já havia recebido ameaças de elementos islâmicos. O suspeito do assassínio foi descrito como tendo barba comprida, estar vestido como um muçulmano e ter nacionalidade marroquina. Qualquer descrição que ultrapassasse esta forma de adivinha poderia ser considerada racista e xenófoba. Este assassinato tem permanecido relativamente em silêncio nos meios intelectuais. É natural, o politicamente correcto tem dificuldade em lidar com europeus loiros serem assassinados por muçulmanos de barba comprida. Se fosse o contrário, toda a intelectualidade estaria a redigir proclamações e abaixo-assinados de protesto. Neste caso o politicamente correcto tem o dever de ser discreto, pois se o não fosse poderia passar por racista, xenófobo, etc..
Também em matéria de ditaduras, o politicamente correcto é extremamente exigente. Ditaduras terceiro-mundistas, ou que se invoquem do anti-capitalismo ou do anti-americanismo são ditaduras boas. Em contrapartida, qualquer regime democrático que se lhes oponha é um regime imperialista e opressor.
O politicamente correcto é insidioso porque se insinua sob diversas formas, inocentes e de fácil assimilação. Começa pela linguagem. O vocabulário politicamente correcto é o principal veículo de contágio. O politicamente correcto usa eufemismos na sua linguagem. Determinadas expressões são condenadas a serem eliminadas do vocabulário para evitar associações de tipo discriminatório. Por exemplo, já não se diz contínuo da escola, mas Auxiliar da Acção Educativa, as mulheres a diaspassaram a ser empregadas domésticas, os varredores de rua a serem técnicos de limpeza e jardinagem, etc.. Há determinadas categorias para as quais já se torna difícil encontrar no léxico uma denominação adequada, como no caso dos homossexuais. Mas há sempre o recurso aos circunlóquios.
A desintoxicação é difícil, na medida em que vivemos num mundo em que os meios de comunicação adquiriram uma importância desmedida e são estes os principais agentes encarregados da contaminação maciça. O primeiro remédio consiste em tomar consciência de que o politicamente correcto existe e que circula sobretudo através do nosso vocabulário. O segundo remédio consiste em pôr em prática a renúncia a toda a terminologia politicamente correcta e às ideologias nas quais ela se apoia. Chamar as coisas pelos nomes!
Como disse acima, há necessidade de uma contínua renovação de linguagem para caracterizar um conjunto de pessoas que executem uma tarefa considerada de menor nível, ou que tenham qualquer diferença que as tornem uma minoria, pois as palavras vão-se desvalorizando com o uso. O léxico vai-se esgotando. Quando isso acontece, os eufemismos utilizam circunlóquios cada vez mais tortuosos. Cito um exemplo retirado da Wikipedia (cf “Political correctness”). A forma politicamente correcta de escrever a frase "The fireman put a ladder up against the tree, climbed it, and rescued the cat" deveria ser:
"The firefighter (who happened to be male, but could just as easily have been female) abridged the rights of the cat to determine for itself where it wanted to walk, climb, or rest, and inflicted his own value judgments in determining that it needed to be 'rescued' from its chosen perch. In callous disregard for the well-being of the environment, and this one tree in particular, he thrust the mobility disadvantaged-unfriendly means of ascent known as a 'ladder' carelessly up against the tree, marring its bark, and unfeelingly climbed it, unconcerned how his display of physical prowess might injure the self-esteem of those differently-abled. He kidnapped and unjustly restrained the innocent animal with the intention of returning it to the person who claimed to 'own' the naturally free animal."
P.S. - Estava a escrever isto e a ver na TV o Miguel Portas dizer que o facto de contas bancárias, onde se decobriu estarem depositadas muitas centenas de milhões de euros, estarem no nome de Arafat, não significava que o dinheiro era dele. O azar do Isaltino foi não ter enfiado um turbante, deixado crescer a barba, passar a chamar-se Al-Satino. Então Portas passaria também a ter fundadas dúvidas. Este é um exemplo típico do politicamente correcto, acabado de vir directamente do produtor.
Do Presidente aos Nacionalistas - Julho de 2009
Ernesto Che Guevara - Assassino!!
Cruz de Pau: Ladrões armados usam violência para roubar restaurante
“Pensei que me iam matar"
Munidos de duas espingardas, uma pistola, uma arma taser (de choques eléctricos), martelos e machados, os ladrões não tiveram problemas em usar violência física. Enquanto um ficou à porta, de vigia, os outros despojaram os clientes de todos os seus pertences (telemóveis, relógios, dinheiro, fios, pulseiras, chaves de viaturas) e levaram ainda cerca de 300 euros que estavam na caixa.
"Foram momentos de pânico. Entraram a gritar, bateram em clientes, roubaram tudo, ameaçaram-nos de morte... fizeram tudo o que queriam", relatou ao CM Graciano Pinto, um dos proprietários do restaurante.
"Eles só meteram os capuzes mesmo antes de entrarem no restaurante. Mandaram entrar três clientes que estavam lá fora e um deles deu logo um choque com a arma taser num dos senhores que estava a dançar. Mandaram alguns deitarem-se no chão e depois roubaram tudo", disse.
O assalto terá durado cerca de cinco minutos, tempo suficiente para deixar as cerca de trinta pessoas em pânico. "Um cliente foi agredido na nuca, a mim deram-me uma coronhada na cara, e ameaçaram todos os outros. Até mesmo com os martelos, com que fizeram dois buracos numa mesa", explica Graciano Pinto.
"A empregada estava nervosa para abrir a registadora e fui eu que acabei por tirar o dinheiro e metê-lo num saco. Depois aproximou-se um outro ladrão e deu-me com a pistola na cara sem eu ter feito nada. Pensei que me iam matar", lamenta.
A PSP da Cruz de Pau tomou conta da ocorrência e a Polícia Judiciária esteve no local a recolher indícios do crime.
PORMENORES
TUDO FILMADO
O assalto foi registado por seis câmaras. Duas delas estão no exterior e terão captado a cara dos ladrões porque estes só meteram os capuzes mesmo antes de entrarem.
GARRAFA ARREMESSADA
Graciano Pinto, depois de ter levado a coronhada na cara, continuou a ser alvo da ira de um dos ladrões. "Atirou-me com toda a força uma garrafa de Licor Beirão, mas esta estilhaçou contra o balcão", conta.
LADRÕES JOVENS
Apesar de disfarçados com os capuzes, ficou na ideia de clientes e funcionários que todos os ladrões tinham ar de serem jovens. "Um não devia ter mais de 16 anos".
OUTRO ASSALTO
Pouco tempo antes, a poucos quilómetros de distância, registou-se um outro assalto à mão armada. O alvo dos três ladrões foi uma pastelaria da zona de Belverde, no Seixal. Não se sabe se são do mesmo grupo.
“Foi Assim” por Zita Seabra
Trata-se de um livro que se lê bem nas suas 437 páginas. A autora escreve de uma forma simples, escorreita, e o assunto interessa a muitos curiosos pelo tema e, de um modo particularmente apelativo, aos que viveram como adultos no período do Estado Novo. Dá para que gente séria e responsável medite o perigo que então se passou por acção de um grupo apaixonado que absorveu a doutrina soviética como religião em que os fins justificavam todos os meios…A obra de Zita Seabra constitui um documento essencia como esclarecedora de aspectos importantes das últimas quatro décadas da nossa história.
Zita Seabra, viveu, como filha única, uma infância feliz numa família nortenha de média burguesia, agnóstica, mas não anti-clerical, da oposição, segundo conta . A sua paixão era ser bailarina clássica, tendo feito ballet desde os sete anos e revelado, em várias oportunidades, especial e promissora aptidão. Aluna, no Porto, do Liceu de D.Maria Micaelis, frequentou variados “movimentos associativos” que proliferaram na altura, tornou-se notada pelo PCP e acabou por ser recrutada como seu militante pelo dirigente associativo da Faculdade de Engenharia do Porto, destacado para o efeito pelo “Partido”. Decorria o ano de 1965 e frequentava, com 15 anos, o sexto ano do Liceu. Líder do movimento associativo do Porto e, já endoutrinada e muito apaixonada pelo comunismo, passou, em 1967, à clandestinidade e foi destacada como “camarada de uma casa do “Partido.” Foi distribuidora do “Avante” e operadora no correio para, e de, presos do “Partido” (correio processado em mortalhas de cigarros). As suas faculdades, e a sua militância, guindaram-na a posições de destaque nos anos que serviu o “Partido” na clandestinidade. Foi dirigente importante da U.E.C. (União de Estudantes Comunistas). Empenhou-se na captação e na doutrinação de estudantes, e no seu encaminhamento para o estrangeiro (incluindo a Rússia) ou para as tropas que combatiam em África. Após o 25 de Abril, regressou à vida livre e, especialmente considerada por Álvaro Cunhal, desempenou missões importantes ao serviço do “Partido”, no País e no estrangeiro, incluindo a própria Rússia. Eleita, pelo mérito evidenciado, membro da Comissão Política do Comité Central, no X. Congresso do “Partido”, foi afastada da Comissão Política em Maio de 1988 e definitivamente expulsa do Partido em Janeiro de1989. Manteve-se deputada de 1975 a 1988,
Conhecedora, por dentro do “Partido”, do comunismo (e “os comunistas portugueses sempre souberam de tudo” e “nunca o P.C.P. disse uma palavra sobre as vítimas do comunismo, como se não existissem”, comenta a pág. 437) e das suas técnicas, revela muito destas, com um pormenor que torna o seu trabalho um precioso tratado, raramente disponível, muito útil para alguns serviços que certamente não deixarão de o estudar. Conheceu e pôde apreciar em várias circunstâncias o carácter, a personalidade, do dirigente máximo do P.C.P. E conta, com evidente conhecimento, a que não falta a identidade de intervenientes, muitas ocorrências relativas ao acompanhamento e à participação do P.C.P. na génese do M.F.A. e na infiltração de milicianos nas forças destacadas para o Ultramar. Refere algumas relações entre importantes responsáveis do M.F.A. e do P.C.P.
Constituindo uma obra rara de corajosa frontalidade, o texto não pode deixar de ser lido como uma decidida exautoração do sovietismo, por alguém que, sem abjurar das suas mais puras convicções, se sentiu profundamente desiludida e enganada, no empenho com que apaixonadamente viveu e serviu o Partido; e também como um certo e delicado, mas importante, desnudar da personalidade de Álvaro Cunhal que nela sai diminuído do seu mítico pedestal.
Somente se me afigura extraordinário que, para contar o que pessoalmente cada dia mais a envergonhava, como confessa (pág. 430), tenha necessidades de recorrer à exautoração de um regime que conheceu essencialmente como militante do “Partido” que agora corajosa e frontalmente abjura, regime no qual o que sofreu e viu sofrer foi, essencialmente, em resultado do combate que a ele foi feito, para que se não estendesse ao nosso País “o maior embuste do século XX na opinião insuspeita de um seu amigo “(pág. 430) . E nem o facto de ter sido procurado, e que, para felicidade do País, tivesse, por tal combate, sido evitado, que se viesse a viver o que define (pág. 437) como uma “tragédia de proporções gigantescas, do tamanho de um continente, na real dimensão que tem uma tragédia da humanidade” justifica e compensa as restrições de liberdade, e consequentes sofrimentos, que ao longo do texto refere e que foram, em geral, custo de responsabilidades voluntariamente assumidas, por engano posteriomente verificado. É uma atitude que traz à minha recordação o seguinte episódio que vivi. Anos atrás fui convidado para um almoço num bom hotel de Lisboa por pessoa conhecida e amiga, sempre muito amável comigo. Os convidados eram, com minha surpresa, politicamente muito heterogénios: lá se encontravam, que me recorde, entre outros, General Eanes, Padre Melícias, Jaime Serra, Palma Inácio… e dois médicos, um que vim a saber ser comunista e outro, que foi especialmente simpático comigo, que eu reconheci, pelo nome, como importante apoiante do MPLA, no Portugal europeu. Estes dois médicos foram-me apresentados logo que cheguei e ficámos a conversar enquanto se reuniam os convivas para as várias mesas. Vivia-se a época da “perestróica” e os dois médicos empenharam-se perante mim por execrar o sovietismo e o perigo que havia representado. Com lógica simplicidade, observei que da sua opinião teria de se concluir ter sido prestimosa a acção da Polícia Internacional (na luta contra tal vírus, subentendia-se)…A reacção , civilizada, foi : Oh Senhor General!...
Num nível inferior de pura cobardia, que evidentemente não é o de qualquer dos casos, ocorre-me aquela generalizada e tristíssima atitude de tantos que para referirem qualquer coisa que consideram mal do presente, se escudam dizendo pior, seja do que for, do passado…
Fonte: Movimento Pró Pátria
Autor: Silvino Silvério Marques