«É o único partido político em Portugal que vem celebrar o dia da nossa nação»
Dezenas de pessoas desfilaram esta tarde na manifestação comemorativa do Dia de Portugal promovida pelo Partido Nacional Renovador (PNR) que, disse o seu líder, José Pinto Coelho, está já em campanha para as legislativas.
Poucos, mas ruidosos. Não chegavam a ser uma centena os militantes e simpatizantes do PNR que esta tarde desfilaram do Largo Camões até à Praça dos Restauradores, em Lisboa, para celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Gritando palavras de ordem, iam chamando a atenção de quem passava na zona do Rossio e do Chiado e dos muitos turistas que aproveitavam o sol de final de tarde nas esplanadas, e que, apanhados de surpresa, olhavam espantados os manifestantes que desciam a rua.
"Mais uma vez o PNR sai à rua. É o único partido político em Portugal que vem celebrar o dia da nossa nação. Não há dúvida que os outros partidos fazem tábua rasa da nossa nação e só querem falar de Portugal ou dos portugueses para pedir votos", disse aos jornalistas o presidente do PNR, José Pinto Coelho.
Mais do que uma oportunidade de mais uma vez evocar o nacionalismo, o patriotismo e outros valores defendidos pelo partido, o PNR estava na rua já em campanha para as eleições de Setembro.
"Estamos desde já em campanha para as legislativas", afirmou Pinto Coelho, acrescentando que o seu partido conseguiu nas eleições europeias de domingo uma subida de 60 por cento nos votos, quando comparado com os resultados das europeias em 2004.
Num comentário às palavras do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, esta manhã, no discurso evocativo do Dia de Portugal, que afirmou que a elevada abstenção verificada nas eleições europeias "empobrece a democracia", José Pinto Coelho defendeu que não são os "partidos instalados" que saem prejudicados pelos baixos níveis de comparência às urnas.
"Quem sai prejudicado não são os partidos instalados, porque esses estão sempre garantidos. Mesmo que haja uma grande abstenção, são os únicos que são apresentados aos portugueses, que não conhecem os outros partidos e não querem conhecer. Para os portugueses - andamos na rua e verificamos isso - todos os partidos são maus. Paga o justo pelo pecador", considerou o líder do PNR.
José Pinto Coelho deixou também uma ideia para contrariar a tendência crescente da abstenção.
"Advogamos que para incentivar ao voto devia alterar-se a lei eleitoral, deixando o dia de eleições de ser ao domingo e passando a ser, como em Inglaterra, a um dia de semana. Quem vá comprovadamente votar, com um atestado passado pelas juntas de freguesia, ficaria isento de meio-dia de trabalho recebendo na mesma o ordenado", propôs Pinto Coelho.
O presidente do PNR justificou ainda a fraca adesão à manifestação convocada pelo partido com o medo que as pessoas sentem de ser conotadas com o partido e que "é preciso ser-se muito corajoso" para se ser do PNR.
"Fala-se muito em liberdade. Muita gente, os trabalhadores portugueses sentem a chantagem nos empregos, chantagem por parte dos oportunistas, que se aproveitam da crise para lhes retirar direitos adquiridos. Isso para uma pessoa do PNR é a dobrar ou a triplicar. Há muita gente que não está na rua por medo, não tenho a menor dúvida", afirmou.
Fontes: Ionline e Iol Diário
0 comentários:
Enviar um comentário